sábado, 14 de novembro de 2015

Os prós e contras de ter um negócio próprio em casa



Trabalhando de casa: será que você tem o perfil para cuidar do negócio na sua própria residência? 

São Paulo – Ter um negócio próprio ou uma unidade franqueada que permita trabalhar de casa é o desejo de muitos empreendedores. Porém, como saber se essa forma de empreendimento é a melhor para você? Um dos jeitos de descobrir é conversando com quem já vivenciou essa mesma situação.
Para conhecer como é a realidade dos que operam em casa, EXAME.com entrevistou dois fundadores de startups e uma franqueada home based: George Brindeiro, sócio-fundador da startup Overdrive; Marcio Acorci, sócio-fundador do MeCasei.com; e Georgette Nogueira, franqueada da Web4br.
A Overdrive, que promove a educação tecnológica à distância em escolas do ensino fundamental e médio, precisou trabalhar remotamente já quando passou pelo processo de aceleração do programa Start-Up Brasil, administrado pela Softex. Brindeiro e o sócio, Luan Freitas, saíram de Brasília e ficaram em São Paulo no período da aceleração, enquanto os funcionários vinham à cidade apenas em eventos pontuais. Hoje, a Overdrive possui seis membros ao todo, que trabalham principalmente de forma remota.
O MeCasei.com, startup de sites para organizar casamentos, também participou do processo de aceleração do Start-Up Brasil. A partir daí, tanto Acorci quanto o sócio, Daniel Tamiosso, decidiram se dedicar integralmente ao negócio. O MeCasei.com conta hoje com nove membros ao todo, espalhados por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, e faz uso do home office.
Já Georgette Nogueira é franqueada há quase um ano da rede Web4br, especializada em marketing digital (já viu nossa lista de franquias home based?). Ela era administradora de empresas e hoje se dedica em tempo integral ao negócio, que conta com um vendedor ao lado de Georgette. Ainda que a empreendedora também visite clientes, a maioria da operação é feita de casa.
Veja, a seguir, três prós e três contras de ter uma empresa sediada na própria residência, apontados pelos três empreendedores:
1. Pró: flexibilidade permite maior qualidade de vida
Georgette conta que ter uma franquia que pudesse ser operada de casa foi determinante na sua escolha pelo negócio ideal. “Eu tenho uma filha pequena [de quatro anos], e queria essa flexibilidade. Essa é a grande vantagem: eu posso participar da rotina dela, pegá-la na escola, levar para o balé... É tudo muito próximo”, conta.
Essa otimização do tempo também impacta no bem-estar do empreendedor. “As pessoas que têm um negócio em casa possuem mais tempo para aproveitar a vida e trabalharem de forma saudável. Elas evitam o trânsito, têm uma alimentação balanceada, estão mais próximas da família e dos animais de estimação”, afirma Acorci, do MeCasei.com.
2. Pró: é possível escolher os melhores talentos para sua empresa
Trabalhar na própria residência melhora não só a qualidade de vida do empreendedor, mas também a do funcionário. Essa possibilidade de emprego remoto pode ser um grande atrativo para o novo membro da equipe, além de permitir a contratação de quem estaria distante da sede da empresa, explica Acorci. Segundo o sócio-fundador do MeCasei.com, o trabalho de casa permite não só que a startup encontre os melhores talentos, mas também que ela consiga retê-los na equipe.
3. Pró: os custos fixos do negócio são bem menores
Quando você tem um negócio sediado na sua própria residência, todos os custos fixos associados à compra ou aluguel de um imóvel comercial são descartados, como aluguel, conta de energia e conta de água. Para uma pequena empresa, é essencial ter uma postura enxuta, pelo menos no começo da operação. Essa é uma característica comum às startups, e foi adotada pela Overdrive.
“Durante a aceleração, nós provamos o sentimento de ter um escritório: era tudo muito confortável. Mas até que ponto vale a pena a gente pagar um aluguel?”, questiona Brindeiro. “Não precisamos receber clientes e cada um gosta de trabalhar em um horário. Já temos no nosso DNA o trabalho remoto. Não vimos incentivo suficiente para ter um escritório”.
4. Contra: vida pessoal e profissional têm grande chance de se misturar
Uma dificuldade apontada pelos três empreendedores é a de conseguir conciliar as demandas do trabalho e as demandas familiares. “É desafiante conseguir separar o dia-a-dia social com as tarefas de trabalho quando nós estamos em um ambiente confortável”, afirma Acorci.
Para lidar com esse obstáculo, é preciso disciplina. “No começo, é um pouco assustador. Eu estava acostumada a ficar no emprego muitas horas, chegar em casa e saber que o trabalho acabou. Agora, esse trabalho continua”, conta Georgette. A franqueada recomenda conversar com a família e comunicar seus horários de trabalho e de lazer, para evitar interrupções.
Além de reforçar o conselho, Brindeiro aconselha criar uma rotina para evitar a mistura de prioridades. “Em casa, há muitas distrações possíveis e ninguém está te observando. Você tem que ser muito disciplinado, e eu acredito muito na rotina. Se você não tem esse hábito, pode trabalhar com objetivos”.
5. Contra: às vezes, a comunicação empresarial falha
Mesmo que a flexibilidade de horários seja quase sempre positiva, uma de suas desvantagens é que a comunicação da equipe pode ser prejudicada, já que cada um trabalha no turno que prefere. Uma mensagem enviada por um funcionário pode ser lida horas depois por outro, por exemplo.
Para combater a desconexão entre seus membros, a Overdrive estabeleceu metas para mensurar o trabalho de cada membro, que devem ser reportadas a todos da empresa. Assim, todos ficam na mesma página. “Nós vemos o que foi feito a cada semana, e isso deve ser sempre trabalhado para acabar com a insegurança de não saber o que cada membro está cumprindo”, explica Brindeiro.
6. Contra: a distância dos colegas pode causar isolamento
É comum sentir uma certa dose de isolamento quando cada membro da empresa trabalha no seu canto. Para proporcionar maior contato entre a equipe, tanto a Overdrive quanto o MeCasei.com promovem um calendário misto, composto por muitas atividades remotas e alguns encontros presenciais.
No MeCasei.com, há um encontro semanal entre membros que estão mais próximos uns dos outros e, mensalmente, toda a equipe se reúne presencialmente.
Já na Overdrive, o começo da semana é reservado para que toda a equipe se reúna em videoconferência, por meio do aplicativo Appear.In, para definir os objetivos do período. No final da semana, há um encontro presencial no apartamento de Brindeiro. É nessa hora que ocorrem os trabalhos em colaboração entre os membros da startup, além da interação mais descontraída. “Temos o hábito de tomar café da manhã junto antes desse dia de coworking. A gente tenta combinar uma saída uma vez no mês, para conviver mesmo. Se fosse cada um no seu canto apenas, conversando online, acho que iria ser bem mais solitário”.

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Quero ser um microempreendedor individual, por onde começo?


É comum ouvir que ser empreendedor ou empresário no Brasil é muito difícil. Que a burocracia é imensa e a carga de impostos ainda maior. Ambas as situações são inegáveis, mas, desde 2008, você não precisa escolher entre permanecer na informalidade e enfrentar essas situações extremas para ser dono do próprio negócio.
O caminho do meio veio como a Lei Complementar nº 128/2008, que criou a figura do Microempreendedor Individual (MEI). Ela permite que quem trabalha por conta própria formalize seu negócio e tenha seu próprio CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).
Com isso, o então trabalhador informal passa a ter acesso a vários benefícios, como a emissão de nota fiscal, cobertura previdenciária, mais facilidade para abertura de conta bancária, linhas de crédito e a chance de vender para o governo. Além disso, o MEI tem direito aos benefícios previdenciários, como auxílio-maternidade, auxílio-doença e aposentadoria, entre outros.
Então, só há benefícios em ser MEI? Sim, mas há um detalhe. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar até, no máximo, R$ 60 mil por ano – R$ 5 mil mensais –, além de não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter só um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso da categoria.
Mas, e quantos aos impostos? O MEI enquadra-se no Simples Nacional, sendo isento dos tributos federais, como imposto de renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL. Como despesas, ele terá somente R$ 39,40 mensais (INSS), mais R$ 5,00 (para prestadores de serviço) ou R$ 1,00 (para comércio e indústria), que podem ser pagos por meio de uma guia de recolhimento emitida pelo Portal do Empreendedor.
Palestras
Especialista em pequenos negócios, o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) oferece, durantes os meses de novembro e dezembro, uma série de palestras para esclarecer as dúvidas de quem deseja deixar de vez a informalidade e se tornar um MEI, além de assessoria para tornar o negócio mais lucrativo e competitivo.
Mais do que as vantagens, o objetivo dos eventos é orientar os potenciais empresários quanto às regras e procedimentos a serem seguidos para ser um microempreendedor individual, abordando temas como “quanto custa ser MEI”, “o que fazer antes de se formalizar”, “as obrigações do MEI” e o Portal do Empreendedor.
A próxima palestra ocorre na próxima segunda-feira (9), das 14h30 às 16h30, na sede do Sebrae em Campo Grande-MS (Avenida Mato Grosso, 1661). A inscrição é gratuita e você também pode conferir outras datas e horários no link
http://atendimento2.ms.sebrae.com.br/ecommerce/index.php?page=curso-palestra.
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Pare e pense em tudo que já fez! esta tomando todas as medidas certas para seu sucesso? então é hora de mudar!


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terça-feira, 3 de novembro de 2015

USP lança na web curso gratuito de administração de empresas

Professor da Faculdade de Economia e Administração ensina conceitos básicos para quem deseja fazer negócios

A Universidade de São Paulo (USP), em parceria com Fundação Lemann, acaba de lançar um curso online e gratuito sobre fundamentos da administração. Por meio de 17 aulas em vídeo, os alunos aprendem conceitos que vão desde ciência social aplicada até ferramentas para melhorar o desempenho de um negócio.
O curso é ministrado por Hélio Janny Teixeira, professor titular da Faculdade de Economia e Administração (FEA/USP) e transmitido pela plataforma Veduca. Não é necessário ter nenhum tipo de conhecimento específico do assunto. Segundo o professor, qualquer pessoa interessada na área pode participar.
Ao longo das aulas, o aluno também recebe sugestões de bibliografias complementares para aprofundar o conteúdo. Confira o curso completo (((((aqui.)))))
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Como usar o marketing para aumentar as vendas da empresa

Com conteúdo para informar os clientes, negócios expandem suas bases de consumidores potenciais

Certo dia, Ricardo, um mecânico mineiro, adicionou todos os seus contatos em um grupo no WhatsApp. O que poderia ser uma forma chata de propaganda se tornou um plantão de dúvidas de mecânica para seus clientes. Ricardo, da oficina Ricar, agora distribui conteúdo sobre a hora certa de trocar o óleo do motor ou fazer apagar uma luz insistente no painel. “O Ricardo não sabe, mas ele é um caso de inbound marketing”, diz Vitor Peçanha, cofundador da Rock Content, que deu o exemplo da Ricar durante sua palestra no RD Summit, evento de marketing digital e vendas realizado em Florianópolis até esta sexta-feira (30/10).
Inbound marketing, também conhecido como marketing de atração, é uma estratégia para atrair clientes usando conteúdo por meio de blogs, e-books, podcasts, vídeos, newsletters e outras formas de distribuição de informações que ajudam a tirar dúvidas, resolver curiosidades, formar conceitos etc.

Para baixar os conteúdos, os visitantes preenchem um breve cadastro, com seus e-mails e mais alguns dados – que formam as oportunidades de negócios, popularmente conhecidas como leads. Em seguida, esses leads passam por uma curadoria das empresas e são qualificados para se tornar contatos com maior potencial de conversão em vendas para o time comercial. Pessoas já interessadas no assunto têm mais chance adquirir o produto ou serviço vendido pelo negócio.

Milhares de empresas brasileiras já adotam o inbound marketing como parte de sua estratégia digital. “Antes havia uma crença de que o marketing funcionava, mas não era possível medir o retorno sobre o investimento. Hoje é possível saber exatamente quantas vendas tiveram origem no marketing”, afirma Peçanha.

Essa modalidade de marketing, que vem ganhando cada vez mais adeptos, tem outras vantagens, como tornar a empresa uma referência em uma área, mensurar os resultados da área de marketing de forma mais objetiva e reforçar a marca do negócio. “Mas observamos que nem todos os clientes conseguiam ter sucesso usando nosso serviço”, diz Eric Santos, CEO e cofundador da Resultados Digitais.

A RD Station, plataforma desenvolvida pela empresa, otimiza o uso do marketing de conteúdo, facilitando sua distribuição e controle. “Passamos a estudar internamente por que algumas empresas têm sucesso e outras não. É preciso traçar uma estratégia de longo prazo”, afirma Santos.

Crescimento acelerado

Quando a estratégia de inbound marketing funciona bem, o aumento na conversão em vendas é uma consequência direta. Na Teclan, empresa catarinense de sistemas para contact centers (telemarketing) há 24 anos no mercado, o investimento em marketing teve foco no modelo tradicional – conhecido como outbound marketing – até 2012 e incluía anúncios em revistas especializadas, compra de banners simples e presença em feiras do setor.

“A partir de 2012, começamos a perceber que era preciso mudar”, diz Fernanda Daura, gerente de marketing, que está na empresa há 15 anos. Como não havia um portal de conteúdo nesse segmento, a Teclan apostou em criar conteúdo em um blog temático, produzindo posts sobre como reduzir a rotatividade dos funcionários e administrar pessoas, temas cruciais para quem trabalha com telemarketing. “Ganhamos muita projeção de marca e nos tornamos uma referência no assunto”, afirma. O resultado direto veio nas vendas: para cada R$ 1 investido em marketing digital, a Teclan obtém um retorno de R$ 69. Hoje, 93% dos leads chegam por marketing digital.

A também catarinense Cianet, especializada em soluções para provedores de internet e TV fechada, decidiu começar a investir em marketing digital no ano passado. Para isso, também usa a estratégia de ter um blog e gera conteúdo em vídeos e e-books. De lá para cá, 26% dos leads gerados em ações de marketing digital foram convertidos em clientes.

“Só no primeiro semestre deste ano, conseguimos 109 novos clientes assim. Cada um tem um tíquete médio de R$ 10 mil”, afirma Viviane Goulart, gerente de marketing da Cianet. “Ficamos surpresos com os resultados.” Agora a empresa aposta em um mix de marketing digital com presença em feiras de negócios como estratégia de marketing. O próximo passo será segmentar os leads para direcionar melhor o conteúdo produzido, apostando também em seminários online (webinars) para atrair potenciais clientes.

*Renata Leal viajou para o RD Summit a convite da Resultados Digitais.

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